quarta-feira, 8 de agosto de 2007

O outro

- Acredita, nunca mais vou com ele a lado algum. Não é que eu goste de ser o centro das atenções, mas quando estou com ele parece que me torno invisível…Ninguém dá por mim.
- Também não é preciso reagires dessa maneira. Sabes que ele sempre foi assim. Algo excêntrico, colorido, cheio de vida…Dá-lhe um desconto.
- Mas a sério, irrita-me. O pessoal adora-o! Devias ver a quantidade de números de raparigas que ele saca quando vamos sair. E as crianças? Sempre que o vêem fazem uma festa e não o largam…
- Mas Guilherme, ele não o faz por mal. Nasceu assim. Acho um pouco injusto e estúpido uma amizade como a vossa terminar só porque toda a gente o adora.
- Mas não percebes que enquanto eu não me vir livre dele vou ser sempre “o outro”! Se estiver com ele, posso gritar “tenho fantasias sexuais com a minha avó!” em plena baixa que ninguém olha para mim. Acredita, nunca mais ando com o Poupas na rua. Acabou…

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