sexta-feira, 7 de agosto de 2009

Nota

Estou sem ideias. Aquelas coisas estranhas e bem-humoradas que em tempos escrevi já não me ocorrem. Busco inspiração. Subi o monte mais alto (do meu distrito) e sentei-me esperando por ela. Ela não apareceu. No seu lugar veio um tarreco e pouco dentado senhor idoso que cheirava a ovelhas, que insistiu em contar-me a história da sua vida, enquanto me mostrava a fotografia de todos os seus filhos e netos que prosperam pela França (para este senhor, o conceito de “prosperar” era possuir um carro amarelo, e não morrer precocemente infectado com o tétano).

Mergulhei no mar mais fundo (a 5 metros do areal da praia de Matosinhos, também conhecida como “praia da Nívea”, também intitulada de “praia dos ciganos”, e outras vezes tratada por “a praia onde não vai gente bem parecida”) e esperei por ela. Surpresa! Surgiu uma sereia com quem rapidamente travei amizade. Infelizmente a nossa relação cedo terminou, quando uma relaxada discussão sobre literatura russa terminou com a minha entrada nas urgências do hospital Pedro Hispano, vítima de inúmeras facadas nos membros inferiores e torso. Ao que parece as sereias são bastante sensíveis a criticas fáceis ao “Coração Débil” de Dostoiévski.

Voar abraçado a uma asa delta não me ajudou. Aprender a soletrar o abecedário ao contrário também não. Frequentar bordéis e outras casas de má fama revelou-se infrutífero (e agora, de vez em quando, urino sangue). Colocar piercings nos genitais ainda mais (vendo bem as coisas, se calhar é por causa disto que urino sangue; se bem que continuo a desconfiar daquele noite, com aquele rapazinho mulato que não me pareceu a pessoa mais asseada do mundo)…

Assim, caros amigos, colegas, admiradores, fãs de peito farto, fãs de peito pequeno mas que o disfarçam colocando um pouco de papel higiénico sob o soutien, e investigadores do departamento de investigação criminal da Policia Judiciária do Porto, as minhas mais sinceras desculpas, mas terei que continuar a minha pausa forçada, enquanto continuo buscando (sim, tenho visto telenovelas brasileiras) a inspiração que tanto me escasseia.

Um bem haja.

quarta-feira, 17 de junho de 2009

Hobby 3

Desde que vi o ‘Mentes Criminosas’ também gosto de terminar o meu dia com uma inspiradora e ilustre citação.

02:34h – Quarto do meio: “A thing is not necessarily true because a man dies for it.” – Oscar Wilde

03:41h – Sala: “Too often the strong, silent man is silent only because he does not know what to say, and is reputed strong only because he has remained silent.” – Winston Churchill

05:22h – Porto de Leixões: “O futebol tem cinco momentos de jogo.” – Jorge Jesus

domingo, 7 de junho de 2009

El Grillo

A alguém pareceu boa ideia comprar um grilo cá para casa. O seu cantar preenche-me agora o lar, nem sempre agradavelmente. No quarto-de-banho não consigo deixar de me sentir vigiado, porco e algo violado.
Mas é de noite que mais lhe desejo maldades. No silêncio nocturno, quando na cama repouso, o cantar do grilo é uma constante. Certas vezes, quando este cessa por momentos, só me ocorre que alguém entrou sorrateiramente em casa para me assassinar. E agora não durmo.

quinta-feira, 28 de maio de 2009

Sandro

Sandro nasceu um menino sossegado, e seus olhos são ainda mais quietos. Tem aquele olhar parado tão próprio dos assombrados, dos tristes, e dos viciados em mescalina.
Sandro nasceu na Mesopotâmia portuguesa – Entre-os-Rios. A Mesopotâmia portuguesa é consideravelmente mais fraquinha que a Mesopotâmia dos camelos. Em Entre-os-Rios não há petróleo, e tão pouco foi este o berço da Humanidade. Em Entre-os-Rios há ovelhas, cerejas, e as pessoas são peludas e não conhecem palavras como “pederasta” ou “mesmerismo”.
Sandro gosta de passear, mas evita andar ao Sol. Sandro é fotossensível. De facto, é habitual encontrar Sandro chorando, sensibilizado por fotos de gatinhos fofinhos que brincam uns com os outros.
Sandro é canhoto, mas vê bem.
Sandro não gostava de futebol. Mais tarde tornou-se boavisteiro. Mais tarde voltou a não gostar de futebol.
Sandro sempre gostou bastante de andebol, e até se tornou um jogador mediano, entre raparigas. Certo dia foi atingido por uma bola no maxilar e para sempre ficou com a língua “ao dependuro”. Agora chamam-lhe ‘lambareiro’, e à porta da escola alguns senhores lançam-lhe olhares estranhos.
Sandro usa frequentemente um par de sapatilhas que emitem luzinhas vermelhas pelos calcanhares. Ninguém tem coragem de lhe dizer que já ninguém usa dessas sapatilhas desde 1997, e que estas se usam nos pés.
Sandro é um menino português nascido na Mesopotâmia portuguesa, Entre-os-Rios.
Sandro é Sandro, mas podia ser eu ou tu.


p.s.: O meu Microsoft Word deve ter sido desenvolvido num qualquer pólo tecnológico em Entre-os-Rios, pois também não está familiarizado com palavras como “pederasta” e “mesmerismo”.

sábado, 25 de abril de 2009

Comercial

Chamaram-me de comercial e vendido. E eu gostei. É o que sempre quis ser.
Desde o primeiro post neste blog que anseio pelo dia em que me pagariam para me ler.
Desde o primeiro post que anseio pelo dia em que à pergunta “O que é para ti uma tangerina?”, altas raparigas loiras e de seios volumosos responderiam “É um blog muito engraçado (e comercial). Ah, espera, acho que também há uma fruta com esse nome…”.
Desde o primeiro post que sonho ter fotógrafos e jornalistas à porta de casa gritando “Vá Guilherme, vem à janela”, e quando eu aparecesse todos gritariam “Isso, agora sorri. Isso, muito bem. Exacto, faz amor com a câmara…”.
Desde o primeiro post que sonho com o dia em que, descida a minha rua, as mulheres quase tão vendidas quanto eu me pagariam 20€ para passar dez minutos comigo.
Desde o meu primeiro post que almejo o dia em que na Assembleia da República, gordos deputados trocariam enfadonhos “você sofre de sério autismo, doutor” por algo do género de “as medidas deste governo parecem saídas da Tangerina, senhor Primeiro-Ministro”.
Já agora, desde o meu primeiro post que espero pelo dia em que o Primeiro-Ministro me processaria judicialmente, intitulando-me de “cavaleiro negro à frente da ainda mais negra campanha contra ele”.

E agora estou feliz. Parece que estou no bom caminho.

sexta-feira, 17 de abril de 2009

Um homem que dispensa apresentações

Entrou no colossal edifício, seguiu para o elevador e dirigiu-se à penthouse.
Lá em cima sacou o revólver, acercou-se da porta, escutou o interior, e de seguida deitou-a abaixo com um pontapé. Já dentro, encontrou um indivíduo sentado numa grande poltrona, gordo e soberbo, fumando um charuto.
- Gosto de ser sincero. Vim para te matar.
- Não podes faze-lo – respondeu o gordo, assustado e agora ofegante de tão surpreso – Por acaso sabes quem eu sou? Eu sou o…
- Desculpa-me, mas dispenso apresentações.

BANG (ou PUM, a doutrina diverge)

sexta-feira, 3 de abril de 2009

A penosa história de Lassie Garrett

Lassie Garrett nasceu no Inverno de 1935.
Sugerir que Lassie Garrett foi o fruto de uma relação amorosa entre a célebre cadela e o escritor Almeida Garrett seria apenas estúpido e insultuoso. Lassie Garrett é na verdade o fruto de relação amorosa entre a célebre cadela Lassie e Camilo Castelo Branco*, que decidiu assim nomear seu rebento em honra da obra e génio do virtuoso mestre seu contemporâneo.
Desde cedo Lassie Garrett se destacou dos restantes. Possuía uma visão nocturna fora do normal, uma audição nocturna também bastante aceitável, e uma capacidade de salto em altura nocturno bastante jeitosinha também. Também as suas capacidades intelectuais cedo desbotaram, e logo o mundo nelas notou. Cursou História na Universidade de Trancoso, sua terra-natal, e nesta mais tarde leccionou.
Em 1961, com 26 anos e já com o doutoramento em Saladas Frias concluído, é convidado a juntar-se à administração Kennedy na Casa Branca, tornando-se rapidamente num dos mais poderosos conselheiros e confidentes do jovem presidente norte-americano.
Feroz defensor da verdade politica, em 1963 decide abandonar a administração Kennedy após ouvir o presidente mentir perante uma multidão de entusiastas seguidores em Berlim. Aí, o presidente proferira a célebre frase “Ich bin ein berliner”, o que Lassie Garrett sabia bem ser mentira, visto Kennedy ter nascido em Chelas, no seio de uma família de emigrantes cabo-verdianos.
De volta a Portugal, junta-se à causa revolucionária, tornando-se célebre pelos seus reaccionários graffitis, em que se podia ler “Rua com Salazar!”, “Alguém sabe que horas são?” e “O melhor café é o da Brasileira”, entre outras mensagens, algumas delas de alto teor erótico. Em 1971 é aprisionado pela DGS, acabando vítima de longos questionários e torturas, onde lhe chegaram a dar cachaços. Parte para a Argélia.
A 26 de Abril de 1974 recebe um telegrama de seu amigo Manuel Tiago, em que este lhe dá as boas novas da Pátria-Mãe. Rejubilante, fecha o envelope sem grande cuidado, acabando por desferir um fatal corte de papel no dedo indicativo. Lassie Garrett vem a sucumbir três horas mais tarde, esvaído em sangue.

*não, não estou a par do conceito de dessincronismo temporal.

terça-feira, 31 de março de 2009

Hobby 2

Engendrar constantemente estranhas comparações entre pessoas/situações e um Calippo.

“Miúda, tu és como um Calippo. De início dura e fria, ao fim doce e derretida. (piscar de olho francamente pretensioso)”

“A minha relação com ela foi como um Calippo. No início era agradável e inovador, no fim não passava de apenas mais um sumo. (e ela batia-me)”

“O Mulholland Drive* é como um Calippo. De início até parece bem, mas depois acabamos sem perceber se gostamos ou não.”
...

* Não, não vi o Mulholland Drive, mas dizem-me que é fraquinho e irritante.

domingo, 8 de março de 2009

Mulheres de bicicleta

Mulheres de bicicleta.
Tão livres e independentes.
Tão carentes de amor, e de boleia nos dias de chuva.

quarta-feira, 4 de março de 2009

Hobby 1

Narrar a minha vida em voz alta, nas situações menos propícias.

“…e enquanto ela se aproximava, Guilherme Silva questionava-se como podia fazer para naquela noite acabar no quarto dela.”

“O violento estalo arrefecera-lhe os ânimos, mas ainda assim Guilherme acreditava que ela reconsideraria. Elas sempre reconsideram…”

terça-feira, 24 de fevereiro de 2009

Adios Conejo Maldito

Uma voz penetrante rasga a noite e arrasta-me do comboio dos sonhos de novo para terra.
Mas será que arrasta mesmo?

Mãe?.
Não, não é a tua mãe. Sou o Tom Cruise no papel de Maverick, do Top Gun de 1986, e isto não passa de um sonho bizarro. Estou aqui para te responder a três questões à tua escolha, e à tua escolha apenas. Pensa bem nas questões que pões, pois duvido que voltes a experimentar os cogumelos que o teu primo apanha na serra, por isso decerto cá mais não voltarei.
Mas isto é a sério, ou como de costume vou acordar sem um rim?
Não, eu sou verdadeiro. Sou todas as pantominices de plástico que assolam a tua mente. Sim, sou o teu Jesus de plástico!
Uhm?!?
Nada nada… E então, qual a tua primeira questão?
È verdade que se tiver a mão maior que a cara estou infectado com o HIV/SIDA?
Sim, de facto é. Mas a sério que me puseste essa questão quando te bastava ter lido um ou dois livros da especialidade?!?...
Vá, a segunda, qual é?
É verdade que no final de todo o arco-iris se encontra um caldeirão recheado de ouro?
Não, isso não passa de uma mentira que vem sendo fomentada por ciganos desde há séculos para cá. Na verdade, é habitual encontrares acampamentos ciganos no final dos arco-iris. Quando um aventureiro parte em busca do ouro que espera lá encontrar, normalmente acaba assaltado e privado dos seus bens.
Ah bom, ainda bem que me avisaste. É que ás vezes eu vou com o meu tio e…
Isso não me interessa. Pareço teu amigo? Vá, faz lá a ultima pergunta que o dever chama-me para os lados do Piolho.
Ah, ta bom. Quando uma rapariga me convida para uma ménage à trois, mas venho a descobrir que essa ménage à trois é comigo, ela e um amigo meu, é censurável eu declinar o convite, convencer o meu amigo a fazer o mesmo, abandonarmos juntos o apartamento dela, apenas para mais tarde eu voltar sozinho para praticar o amor com ela?
Man, tu eras capaz de fazer isso? Isso não é nada cool!…É bastante horrível, de facto!
Eu não disse que ia fazer isso, só queria saber se era assim tão mau.
Bem, acho melhor ir-me.
Oh, por favor não partas. Gosto tanto do teu blusão. Onde o adquiriste?
Adios conejo maldito!

domingo, 15 de fevereiro de 2009

Público

A pedido de parte do público mais assíduo deste blog, publico de seguida a já pública, mas até hoje ainda recôndita, “conversa” entre este vosso estimado autor e uma já ilustre anónima, aquando de um post anterior.

Anónimo disse:
bem essa de fazer amor com uma amiga... o autor deste blog fala por experiência própria?!

Guilherme Silva disse:
Sim, desde cedo se notou que este blog era de índole autobiográfica. Eu tive mesmo um irmão gémeo aos 3 anos de idade, também tenho uma ex-namorada aprisionada no guarda-roupa, e é verdade também que já me roubaram 3 rins e que me falta um dedo...
Só mesmo a um leitor menos atento é que a índole autobiográfica deste blog escaparia.

Anónimo disse:
caro autor do blog,a leitora "menos atenta" desconhecia que este blog era de índole autobiográfica. o seu esclarecimento tornou-me uma pessoa mais esclarecida. o meu obrigado! é sentido, acredite!
no entanto, a leitora "menos atenta" ficou "assombrada" com uma duvida: porque razão tem o autor do blog uma ex-namorada aprisionada no guarda-roupa?????será um amor mal resolvido???estará ela ainda viva???será uma substituta para as bolas de naftalina?!

não creio que o autor do blog já nos tenha falado da ex-namorada em algum post anterior...

Guilherme Silva disse:
Mui cara leitora “ainda menos atenta do que de início esperava”, sim, é obvio que tenho uma ex-namorada, ainda viva, aprisionada no meu guarda-roupa.
Alias, a maior parte dos meus amigos faz o mesmo. È por isso que para nós a piada do “ainda não saiu do armário” tem um sentido ainda mais especial...

Anónimo disse:
Caro autor do blog,
A leitora “ainda menos atenta do que de inicio esperava" conclui, do seu comentário anterior, que o autor deste blog é, de facto, uma "pessoa equilibrada".ainda assim parece me que o autor do blog se esquiva de explicar aos seus fieis leitores o porquê de manter aprisionada a ex-namorada.
Gosta de guardar as boas recordações?!? será ela a namorada do jardim de infância, a primeira e a ultima?
ainda assim, a leitora “ainda menos atenta do que de inicio esperava" ficou assustada... corro risco de me apaixonar por si ou por um dos seus amigos?!? ...não gostaria de viver aprisionada num guarda-roupa.imagino que seja desconfortável...digo eu!

Guilherme Silva disse:
Cara leitora “ainda menos atenta do que de inicio esperava”Sim, sou equilibrado. Faço uma boa dieta à base de omega3 e bífidos activo, e quando faço omoletes junto muito leite aos ovos para não ficar com figadeira.
Quanto ao risco que corre ou não de por mim se apaixonar, não sei mesmo como lhe responder e elucidar. Como posso faze-lo se tão pouco sei quem é?Vá, identifique-se safada.

Quanto ao meu guarda-roupa, ele é bem confortável e quentinho. E de vez em quando até lhe levo um Toblerone. É gostoso...

Anónimo disse:
decididamente estou "apaixonada" por si...tinha um sonho, um pouco...como direi...intimo, de que me chamassem safada! acredite...já me chamaram de muita coisa...com "safada" com seguiu superar todos os outros! é maroto o autor do blog... ;)
quanto ao tobleron...humm tentador! embora preferisse uma caixa de ferrero rocher...mas vejo que sabe como mimar uma mulher :P

a actual namorada não sente ciumes?!? ou está habituada a "partilhar"?!mas é como lhe digo... sinto-me tentada a viver num guarda-roupa... terá espaço para mais uma na sua vida?! perdão...no seu guarda-roupa?!?

Guilherme Silva disse:
Antes de mais obrigado, pois folgo em saber que “com segui” superar todos os outros!Não posso deixar de reparar também que optou por utilizar um velho truque do cinema para descobrir o meu estado civil. Penosamente terei que me escusar a responder, pois tanto quanto sei a cara anónima pode não passar de um calceteiro de 56 anos, habitante de Serrazes, Ponte de Lima.
Identifique-se por favor. E sim, o meu guarda-roupa ainda tem imenso espaço a ocupar, pois graças a Deus tive o prazer de namorar com mulheres de esbeltas e esguias formas.

Por fim, a todos lanço um repto: quem me oferecer informações, comprováveis e fidedignas, sobre a identidade desta anónima personagem, será recompensado com 10 rebuçados “floco de neve” e um xi-coração apertado.

A conversa, para minha confessa desilusão, ficou por aqui.
Assim, mais uma vez, volto a sugerir: identifique-se menina. Mal não lhe fará!
Vá, se acabar por se identificar até pode ser que lhe dê autorização para tatuar o meu nome na sua coxa.

sábado, 14 de fevereiro de 2009

Cor de rosa

È dia de São Valentim, e aqui, ali e acolá vejo declarações de afecto, amor, paixão, luxúria e travessura. Umas tomam bacocas formas, outras são algo brejeiras, outras há mais convencionais, e ainda reparo noutras mais comedidas. Há até quem se deixe levar pelo galicismo do dia, e apregoe um tímido “Je t’aime”. Outros, mais intelectuais, até pedem a diária meia de leite com um prévio “Garçon, por favor…”.
Aqui, ali e acolá vejo florais declarações de afecto, amor, paixão, luxúria e travessura. Grande parte das vezes vejo-as encarnar no frágil corpo de uma rosa, outras num singelo par delas.
Ora, intriga-me o facto de entre tantas e tantas rosas, não deslindar uma única rosa cor-de-rosa. Nem uma! Uns optam pela célebre e apaixonada rosa vermelha - acabadinha de sair de um qualquer videoclip do Prince - ,outros pela intrigante rosa albina. Mas nem uma única rosa cor-de-rosa!
Mas afinal, cor-de-rosa não deveria ser a cor das rosas? Se sim, porque não reparo numa única? Se não, a quem se deve tão enganosa pantominice? Já agora, porque é o céu azul? (no meio de tantas coloridas questões senti-me no direito de lançar uma outra.)

De qualquer maneira já me decidi.
Hoje vou oferecer rosas cor-de-rosa à mulher que calhar de amar.
…e logo de seguida os 25€ previamente acertados.

domingo, 1 de fevereiro de 2009

Touché 2

Fazer amor com uma amiga é arriscado.
É começar um jogo que não sabemos bem se queremos acabar.
Como aquele Mortal Kombat, em que depois de derrotarmos o chefe do fim aparece uma foto da nossa avó nua.