sábado, 20 de março de 2010

60's blond shirtless superstud Cowboy in jeans

Este é o 60's blond shirtless superstud Cowboy in jeans.
O 60's blond shirtless superstud Cowboy in jeans é um amante da natureza, adora caminhadas, é um avido coleccionador de memorabilia concernente ao monaquismo Cristão, e um bom amigo meu.
Caro leitor, se algum dia se cruzar com o 60's blond shirtless superstud Cowboy in jeans, diga-lhe por favor que lhe mando cumprimentos e saúdinha.

sábado, 6 de março de 2010

Um senhor que queria ser mais meu amigo do que aquilo que eu desejava

Apesar da postura aristocrática, alguma indumentária em veludo, e uma pública predilecção por galicismos, eu ando de autocarro. E, como todo o sensato utilizador dos transportes públicos, eu tenho medo de quem lá possa encontrar.
São já às dezenas as situações em que uma simples viagem entre a rua do Bonjardim e a praça Carlos Alberto quase me levaram à morte, ou a acabar cativo numa fábrica de sabonetes na China profunda.

Foi há dias que no autocarro conheci um senhor que queria ser mais meu amigo do que aquilo que eu desejava. Parecia ter 50 e poucos anos, tinha olhos grandes que não piscavam, e um nariz enorme e aguçado, daqueles capazes de vazar olhos em festas com muita gente.
Quero ser teu amigo”, disse ele, descontraidamente. Depois de anos a usar esta mesma deixa para engatar miúdas, comecei a sentir-me algo estúpido e um violador (mas o que lá vai lá vai).
Um estranho “alto” deformava-lhe as calças, e quis acreditar que ele tinha no bolso um pacote de Mentos, mas bem lá no fundo sabia que podia acabar de novo ensanguentado e nu no porto de Leixões.
Por sorte recordei-me das úteis lições do Professor Marcello Caetano, famoso escapista nos seus tempos livres. “Quando deparado com um perigoso inimputável /violador/comunista/ninja assassino, deve o indivíduo tentar suplantar a excentricidade deste, trocando os olhos, babando-se, recitando longas passagens do Senhor dos Anéis, ou dizendo-se boavisteiro”. Arrisquei.

E foi assim que, depois de uma longa discussão sobre futebol e os efeitos na economia portuguesa da queda em descrédito das artes tauromáquicas, me vi livre do senhor que queria ser mais meu amigo do que aquilo que eu desejava.

sexta-feira, 12 de fevereiro de 2010

Anúncio

Com o começo dos Jogos Olímpicos de Inverno em Vancouver, o blog Tangerina voltará também ao activo.

sexta-feira, 7 de agosto de 2009

Nota

Estou sem ideias. Aquelas coisas estranhas e bem-humoradas que em tempos escrevi já não me ocorrem. Busco inspiração. Subi o monte mais alto (do meu distrito) e sentei-me esperando por ela. Ela não apareceu. No seu lugar veio um tarreco e pouco dentado senhor idoso que cheirava a ovelhas, que insistiu em contar-me a história da sua vida, enquanto me mostrava a fotografia de todos os seus filhos e netos que prosperam pela França (para este senhor, o conceito de “prosperar” era possuir um carro amarelo, e não morrer precocemente infectado com o tétano).

Mergulhei no mar mais fundo (a 5 metros do areal da praia de Matosinhos, também conhecida como “praia da Nívea”, também intitulada de “praia dos ciganos”, e outras vezes tratada por “a praia onde não vai gente bem parecida”) e esperei por ela. Surpresa! Surgiu uma sereia com quem rapidamente travei amizade. Infelizmente a nossa relação cedo terminou, quando uma relaxada discussão sobre literatura russa terminou com a minha entrada nas urgências do hospital Pedro Hispano, vítima de inúmeras facadas nos membros inferiores e torso. Ao que parece as sereias são bastante sensíveis a criticas fáceis ao “Coração Débil” de Dostoiévski.

Voar abraçado a uma asa delta não me ajudou. Aprender a soletrar o abecedário ao contrário também não. Frequentar bordéis e outras casas de má fama revelou-se infrutífero (e agora, de vez em quando, urino sangue). Colocar piercings nos genitais ainda mais (vendo bem as coisas, se calhar é por causa disto que urino sangue; se bem que continuo a desconfiar daquele noite, com aquele rapazinho mulato que não me pareceu a pessoa mais asseada do mundo)…

Assim, caros amigos, colegas, admiradores, fãs de peito farto, fãs de peito pequeno mas que o disfarçam colocando um pouco de papel higiénico sob o soutien, e investigadores do departamento de investigação criminal da Policia Judiciária do Porto, as minhas mais sinceras desculpas, mas terei que continuar a minha pausa forçada, enquanto continuo buscando (sim, tenho visto telenovelas brasileiras) a inspiração que tanto me escasseia.

Um bem haja.

quarta-feira, 17 de junho de 2009

Hobby 3

Desde que vi o ‘Mentes Criminosas’ também gosto de terminar o meu dia com uma inspiradora e ilustre citação.

02:34h – Quarto do meio: “A thing is not necessarily true because a man dies for it.” – Oscar Wilde

03:41h – Sala: “Too often the strong, silent man is silent only because he does not know what to say, and is reputed strong only because he has remained silent.” – Winston Churchill

05:22h – Porto de Leixões: “O futebol tem cinco momentos de jogo.” – Jorge Jesus

domingo, 7 de junho de 2009

El Grillo

A alguém pareceu boa ideia comprar um grilo cá para casa. O seu cantar preenche-me agora o lar, nem sempre agradavelmente. No quarto-de-banho não consigo deixar de me sentir vigiado, porco e algo violado.
Mas é de noite que mais lhe desejo maldades. No silêncio nocturno, quando na cama repouso, o cantar do grilo é uma constante. Certas vezes, quando este cessa por momentos, só me ocorre que alguém entrou sorrateiramente em casa para me assassinar. E agora não durmo.

quinta-feira, 28 de maio de 2009

Sandro

Sandro nasceu um menino sossegado, e seus olhos são ainda mais quietos. Tem aquele olhar parado tão próprio dos assombrados, dos tristes, e dos viciados em mescalina.
Sandro nasceu na Mesopotâmia portuguesa – Entre-os-Rios. A Mesopotâmia portuguesa é consideravelmente mais fraquinha que a Mesopotâmia dos camelos. Em Entre-os-Rios não há petróleo, e tão pouco foi este o berço da Humanidade. Em Entre-os-Rios há ovelhas, cerejas, e as pessoas são peludas e não conhecem palavras como “pederasta” ou “mesmerismo”.
Sandro gosta de passear, mas evita andar ao Sol. Sandro é fotossensível. De facto, é habitual encontrar Sandro chorando, sensibilizado por fotos de gatinhos fofinhos que brincam uns com os outros.
Sandro é canhoto, mas vê bem.
Sandro não gostava de futebol. Mais tarde tornou-se boavisteiro. Mais tarde voltou a não gostar de futebol.
Sandro sempre gostou bastante de andebol, e até se tornou um jogador mediano, entre raparigas. Certo dia foi atingido por uma bola no maxilar e para sempre ficou com a língua “ao dependuro”. Agora chamam-lhe ‘lambareiro’, e à porta da escola alguns senhores lançam-lhe olhares estranhos.
Sandro usa frequentemente um par de sapatilhas que emitem luzinhas vermelhas pelos calcanhares. Ninguém tem coragem de lhe dizer que já ninguém usa dessas sapatilhas desde 1997, e que estas se usam nos pés.
Sandro é um menino português nascido na Mesopotâmia portuguesa, Entre-os-Rios.
Sandro é Sandro, mas podia ser eu ou tu.


p.s.: O meu Microsoft Word deve ter sido desenvolvido num qualquer pólo tecnológico em Entre-os-Rios, pois também não está familiarizado com palavras como “pederasta” e “mesmerismo”.

sábado, 25 de abril de 2009

Comercial

Chamaram-me de comercial e vendido. E eu gostei. É o que sempre quis ser.
Desde o primeiro post neste blog que anseio pelo dia em que me pagariam para me ler.
Desde o primeiro post que anseio pelo dia em que à pergunta “O que é para ti uma tangerina?”, altas raparigas loiras e de seios volumosos responderiam “É um blog muito engraçado (e comercial). Ah, espera, acho que também há uma fruta com esse nome…”.
Desde o primeiro post que sonho ter fotógrafos e jornalistas à porta de casa gritando “Vá Guilherme, vem à janela”, e quando eu aparecesse todos gritariam “Isso, agora sorri. Isso, muito bem. Exacto, faz amor com a câmara…”.
Desde o primeiro post que sonho com o dia em que, descida a minha rua, as mulheres quase tão vendidas quanto eu me pagariam 20€ para passar dez minutos comigo.
Desde o meu primeiro post que almejo o dia em que na Assembleia da República, gordos deputados trocariam enfadonhos “você sofre de sério autismo, doutor” por algo do género de “as medidas deste governo parecem saídas da Tangerina, senhor Primeiro-Ministro”.
Já agora, desde o meu primeiro post que espero pelo dia em que o Primeiro-Ministro me processaria judicialmente, intitulando-me de “cavaleiro negro à frente da ainda mais negra campanha contra ele”.

E agora estou feliz. Parece que estou no bom caminho.

sexta-feira, 17 de abril de 2009

Um homem que dispensa apresentações

Entrou no colossal edifício, seguiu para o elevador e dirigiu-se à penthouse.
Lá em cima sacou o revólver, acercou-se da porta, escutou o interior, e de seguida deitou-a abaixo com um pontapé. Já dentro, encontrou um indivíduo sentado numa grande poltrona, gordo e soberbo, fumando um charuto.
- Gosto de ser sincero. Vim para te matar.
- Não podes faze-lo – respondeu o gordo, assustado e agora ofegante de tão surpreso – Por acaso sabes quem eu sou? Eu sou o…
- Desculpa-me, mas dispenso apresentações.

BANG (ou PUM, a doutrina diverge)

sexta-feira, 3 de abril de 2009

A penosa história de Lassie Garrett

Lassie Garrett nasceu no Inverno de 1935.
Sugerir que Lassie Garrett foi o fruto de uma relação amorosa entre a célebre cadela e o escritor Almeida Garrett seria apenas estúpido e insultuoso. Lassie Garrett é na verdade o fruto de relação amorosa entre a célebre cadela Lassie e Camilo Castelo Branco*, que decidiu assim nomear seu rebento em honra da obra e génio do virtuoso mestre seu contemporâneo.
Desde cedo Lassie Garrett se destacou dos restantes. Possuía uma visão nocturna fora do normal, uma audição nocturna também bastante aceitável, e uma capacidade de salto em altura nocturno bastante jeitosinha também. Também as suas capacidades intelectuais cedo desbotaram, e logo o mundo nelas notou. Cursou História na Universidade de Trancoso, sua terra-natal, e nesta mais tarde leccionou.
Em 1961, com 26 anos e já com o doutoramento em Saladas Frias concluído, é convidado a juntar-se à administração Kennedy na Casa Branca, tornando-se rapidamente num dos mais poderosos conselheiros e confidentes do jovem presidente norte-americano.
Feroz defensor da verdade politica, em 1963 decide abandonar a administração Kennedy após ouvir o presidente mentir perante uma multidão de entusiastas seguidores em Berlim. Aí, o presidente proferira a célebre frase “Ich bin ein berliner”, o que Lassie Garrett sabia bem ser mentira, visto Kennedy ter nascido em Chelas, no seio de uma família de emigrantes cabo-verdianos.
De volta a Portugal, junta-se à causa revolucionária, tornando-se célebre pelos seus reaccionários graffitis, em que se podia ler “Rua com Salazar!”, “Alguém sabe que horas são?” e “O melhor café é o da Brasileira”, entre outras mensagens, algumas delas de alto teor erótico. Em 1971 é aprisionado pela DGS, acabando vítima de longos questionários e torturas, onde lhe chegaram a dar cachaços. Parte para a Argélia.
A 26 de Abril de 1974 recebe um telegrama de seu amigo Manuel Tiago, em que este lhe dá as boas novas da Pátria-Mãe. Rejubilante, fecha o envelope sem grande cuidado, acabando por desferir um fatal corte de papel no dedo indicativo. Lassie Garrett vem a sucumbir três horas mais tarde, esvaído em sangue.

*não, não estou a par do conceito de dessincronismo temporal.

terça-feira, 31 de março de 2009

Hobby 2

Engendrar constantemente estranhas comparações entre pessoas/situações e um Calippo.

“Miúda, tu és como um Calippo. De início dura e fria, ao fim doce e derretida. (piscar de olho francamente pretensioso)”

“A minha relação com ela foi como um Calippo. No início era agradável e inovador, no fim não passava de apenas mais um sumo. (e ela batia-me)”

“O Mulholland Drive* é como um Calippo. De início até parece bem, mas depois acabamos sem perceber se gostamos ou não.”
...

* Não, não vi o Mulholland Drive, mas dizem-me que é fraquinho e irritante.

domingo, 8 de março de 2009

Mulheres de bicicleta

Mulheres de bicicleta.
Tão livres e independentes.
Tão carentes de amor, e de boleia nos dias de chuva.

quarta-feira, 4 de março de 2009

Hobby 1

Narrar a minha vida em voz alta, nas situações menos propícias.

“…e enquanto ela se aproximava, Guilherme Silva questionava-se como podia fazer para naquela noite acabar no quarto dela.”

“O violento estalo arrefecera-lhe os ânimos, mas ainda assim Guilherme acreditava que ela reconsideraria. Elas sempre reconsideram…”

terça-feira, 24 de fevereiro de 2009

Adios Conejo Maldito

Uma voz penetrante rasga a noite e arrasta-me do comboio dos sonhos de novo para terra.
Mas será que arrasta mesmo?

Mãe?.
Não, não é a tua mãe. Sou o Tom Cruise no papel de Maverick, do Top Gun de 1986, e isto não passa de um sonho bizarro. Estou aqui para te responder a três questões à tua escolha, e à tua escolha apenas. Pensa bem nas questões que pões, pois duvido que voltes a experimentar os cogumelos que o teu primo apanha na serra, por isso decerto cá mais não voltarei.
Mas isto é a sério, ou como de costume vou acordar sem um rim?
Não, eu sou verdadeiro. Sou todas as pantominices de plástico que assolam a tua mente. Sim, sou o teu Jesus de plástico!
Uhm?!?
Nada nada… E então, qual a tua primeira questão?
È verdade que se tiver a mão maior que a cara estou infectado com o HIV/SIDA?
Sim, de facto é. Mas a sério que me puseste essa questão quando te bastava ter lido um ou dois livros da especialidade?!?...
Vá, a segunda, qual é?
É verdade que no final de todo o arco-iris se encontra um caldeirão recheado de ouro?
Não, isso não passa de uma mentira que vem sendo fomentada por ciganos desde há séculos para cá. Na verdade, é habitual encontrares acampamentos ciganos no final dos arco-iris. Quando um aventureiro parte em busca do ouro que espera lá encontrar, normalmente acaba assaltado e privado dos seus bens.
Ah bom, ainda bem que me avisaste. É que ás vezes eu vou com o meu tio e…
Isso não me interessa. Pareço teu amigo? Vá, faz lá a ultima pergunta que o dever chama-me para os lados do Piolho.
Ah, ta bom. Quando uma rapariga me convida para uma ménage à trois, mas venho a descobrir que essa ménage à trois é comigo, ela e um amigo meu, é censurável eu declinar o convite, convencer o meu amigo a fazer o mesmo, abandonarmos juntos o apartamento dela, apenas para mais tarde eu voltar sozinho para praticar o amor com ela?
Man, tu eras capaz de fazer isso? Isso não é nada cool!…É bastante horrível, de facto!
Eu não disse que ia fazer isso, só queria saber se era assim tão mau.
Bem, acho melhor ir-me.
Oh, por favor não partas. Gosto tanto do teu blusão. Onde o adquiriste?
Adios conejo maldito!

domingo, 15 de fevereiro de 2009

Público

A pedido de parte do público mais assíduo deste blog, publico de seguida a já pública, mas até hoje ainda recôndita, “conversa” entre este vosso estimado autor e uma já ilustre anónima, aquando de um post anterior.

Anónimo disse:
bem essa de fazer amor com uma amiga... o autor deste blog fala por experiência própria?!

Guilherme Silva disse:
Sim, desde cedo se notou que este blog era de índole autobiográfica. Eu tive mesmo um irmão gémeo aos 3 anos de idade, também tenho uma ex-namorada aprisionada no guarda-roupa, e é verdade também que já me roubaram 3 rins e que me falta um dedo...
Só mesmo a um leitor menos atento é que a índole autobiográfica deste blog escaparia.

Anónimo disse:
caro autor do blog,a leitora "menos atenta" desconhecia que este blog era de índole autobiográfica. o seu esclarecimento tornou-me uma pessoa mais esclarecida. o meu obrigado! é sentido, acredite!
no entanto, a leitora "menos atenta" ficou "assombrada" com uma duvida: porque razão tem o autor do blog uma ex-namorada aprisionada no guarda-roupa?????será um amor mal resolvido???estará ela ainda viva???será uma substituta para as bolas de naftalina?!

não creio que o autor do blog já nos tenha falado da ex-namorada em algum post anterior...

Guilherme Silva disse:
Mui cara leitora “ainda menos atenta do que de início esperava”, sim, é obvio que tenho uma ex-namorada, ainda viva, aprisionada no meu guarda-roupa.
Alias, a maior parte dos meus amigos faz o mesmo. È por isso que para nós a piada do “ainda não saiu do armário” tem um sentido ainda mais especial...

Anónimo disse:
Caro autor do blog,
A leitora “ainda menos atenta do que de inicio esperava" conclui, do seu comentário anterior, que o autor deste blog é, de facto, uma "pessoa equilibrada".ainda assim parece me que o autor do blog se esquiva de explicar aos seus fieis leitores o porquê de manter aprisionada a ex-namorada.
Gosta de guardar as boas recordações?!? será ela a namorada do jardim de infância, a primeira e a ultima?
ainda assim, a leitora “ainda menos atenta do que de inicio esperava" ficou assustada... corro risco de me apaixonar por si ou por um dos seus amigos?!? ...não gostaria de viver aprisionada num guarda-roupa.imagino que seja desconfortável...digo eu!

Guilherme Silva disse:
Cara leitora “ainda menos atenta do que de inicio esperava”Sim, sou equilibrado. Faço uma boa dieta à base de omega3 e bífidos activo, e quando faço omoletes junto muito leite aos ovos para não ficar com figadeira.
Quanto ao risco que corre ou não de por mim se apaixonar, não sei mesmo como lhe responder e elucidar. Como posso faze-lo se tão pouco sei quem é?Vá, identifique-se safada.

Quanto ao meu guarda-roupa, ele é bem confortável e quentinho. E de vez em quando até lhe levo um Toblerone. É gostoso...

Anónimo disse:
decididamente estou "apaixonada" por si...tinha um sonho, um pouco...como direi...intimo, de que me chamassem safada! acredite...já me chamaram de muita coisa...com "safada" com seguiu superar todos os outros! é maroto o autor do blog... ;)
quanto ao tobleron...humm tentador! embora preferisse uma caixa de ferrero rocher...mas vejo que sabe como mimar uma mulher :P

a actual namorada não sente ciumes?!? ou está habituada a "partilhar"?!mas é como lhe digo... sinto-me tentada a viver num guarda-roupa... terá espaço para mais uma na sua vida?! perdão...no seu guarda-roupa?!?

Guilherme Silva disse:
Antes de mais obrigado, pois folgo em saber que “com segui” superar todos os outros!Não posso deixar de reparar também que optou por utilizar um velho truque do cinema para descobrir o meu estado civil. Penosamente terei que me escusar a responder, pois tanto quanto sei a cara anónima pode não passar de um calceteiro de 56 anos, habitante de Serrazes, Ponte de Lima.
Identifique-se por favor. E sim, o meu guarda-roupa ainda tem imenso espaço a ocupar, pois graças a Deus tive o prazer de namorar com mulheres de esbeltas e esguias formas.

Por fim, a todos lanço um repto: quem me oferecer informações, comprováveis e fidedignas, sobre a identidade desta anónima personagem, será recompensado com 10 rebuçados “floco de neve” e um xi-coração apertado.

A conversa, para minha confessa desilusão, ficou por aqui.
Assim, mais uma vez, volto a sugerir: identifique-se menina. Mal não lhe fará!
Vá, se acabar por se identificar até pode ser que lhe dê autorização para tatuar o meu nome na sua coxa.

sábado, 14 de fevereiro de 2009

Cor de rosa

È dia de São Valentim, e aqui, ali e acolá vejo declarações de afecto, amor, paixão, luxúria e travessura. Umas tomam bacocas formas, outras são algo brejeiras, outras há mais convencionais, e ainda reparo noutras mais comedidas. Há até quem se deixe levar pelo galicismo do dia, e apregoe um tímido “Je t’aime”. Outros, mais intelectuais, até pedem a diária meia de leite com um prévio “Garçon, por favor…”.
Aqui, ali e acolá vejo florais declarações de afecto, amor, paixão, luxúria e travessura. Grande parte das vezes vejo-as encarnar no frágil corpo de uma rosa, outras num singelo par delas.
Ora, intriga-me o facto de entre tantas e tantas rosas, não deslindar uma única rosa cor-de-rosa. Nem uma! Uns optam pela célebre e apaixonada rosa vermelha - acabadinha de sair de um qualquer videoclip do Prince - ,outros pela intrigante rosa albina. Mas nem uma única rosa cor-de-rosa!
Mas afinal, cor-de-rosa não deveria ser a cor das rosas? Se sim, porque não reparo numa única? Se não, a quem se deve tão enganosa pantominice? Já agora, porque é o céu azul? (no meio de tantas coloridas questões senti-me no direito de lançar uma outra.)

De qualquer maneira já me decidi.
Hoje vou oferecer rosas cor-de-rosa à mulher que calhar de amar.
…e logo de seguida os 25€ previamente acertados.

domingo, 1 de fevereiro de 2009

Touché 2

Fazer amor com uma amiga é arriscado.
É começar um jogo que não sabemos bem se queremos acabar.
Como aquele Mortal Kombat, em que depois de derrotarmos o chefe do fim aparece uma foto da nossa avó nua.

sexta-feira, 19 de dezembro de 2008

Awful tasting medicine

Não passava de um gaiato quando aprendi que nesta vida há dois tipos de pessoas: aquelas que têm uma vida, e aquelas que numa tarde de quarta-feira assistem ao debate quinzenal na Assembleia da Republica.
Bem, em verdade falando, não passava de um gaiato quando aprendi que nesta vida há vários outros tipos de pessoas, e vários outros factores a ter em conta quando a julgá-las. Temos os homens e as mulheres (apesar de não ser assim tão linear, visto ainda ser necessário enquadrar nesta solução os hermafroditas e os leirienses); temos os comunistas e as pessoas que não fazem questão de comer criancinhas; temos os apoiantes do partido popular e todos aqueles a quem um pólo Lacoste não é de todo indispensável; temos as pessoas com bom-senso e as pessoas que dão nomes de fruta a blogues…
Mas voltando à temática inicial, há pessoas que têm uma vida, e há aquelas que numa tarde de quarta-feira assistem ao debate quinzenal na Assembleia da Republica. Ao que parece, eu não tenho vida às quartas-feiras à tarde.
Assim, no rescaldo de uma noite de festa, ainda de camisa e a estranhar bastante o facto de ter dois números de telemóvel desenhados na mão direita (mais tarde vim a descobrir serem de um padre que me achara bem-parecido, e da casa de penhores onde deixara o meu orgulho), sentei-me em frente ao televisor, e esperei até que os meus olhos voltassem a ver a cores.
15 minutos depois e já a cores, assistia a um estranho espectáculo de luz e cor, que passados outros 30 minutos vim a perceber não se tratar de mais um episódio da BBC Vida Selvagem. Tratava-se afinal do último debate quinzenal deste ano com a presença do Primeiro-Ministro na Assembleia da Republica. Decidi-me a ver.
Das infindáveis horas que o espectáculo durou, nada de monta a apontar, até porque o meu televisor não tem som, e ainda não domino a arte de ler lábios e trejeitos faciais.
Até que a certa altura o meu vizinho (que, ao que parece, não tem vida também) ligou o televisor na mesma estação e em bom som, pelo que finalmente consegui acompanhar o debate em condições.
Dois minutos bastaram para que ouvisse o que mais tarde vim a descobrir ter-me feito ganhar o dia. Efusivamente, Jerónimo Sousa, secretário-geral do PCP, afirmava, e cito “(…) os portugueses têm que comprar mais pão senhor Primeiro-ministro, porque estão a cortar na carne, no peixe, nos medicamentos (…)”.
Ali, no sofá, agora mesmerizado pelo brilhantismo do plenário, meditei sobre as palavras do secretário-geral do PCP, e acabei recordando-me das histórias que a minha avó sempre me contou do seu tempo. Tempo esse em que as pessoas colmatavam a falta de medicamentos com o pão, curando vis enfermidades com regueifas e broa de Avintes. Como o meu tio-avô Jordão, que através da ingestão diária de moletes viu a sua perna em tempos amputada, reaparecer miraculosamente…

sexta-feira, 12 de dezembro de 2008

Touché

Amigo meu disse-me que tinha como herói o Robin, colega de aventuras do Batman.

Matei-o com uma pá...

domingo, 30 de novembro de 2008

All fucking ninjas should be fucking hanged!

All fucking ninjas should be fucking hanged!”, disse-me, certo dia, um velho mendigo no metro de Londres, notoriamente tocado pela febre da uva. Censurei-o, não pude deixar de o fazer. Afinal, os ninjas são há séculos o motor da economia mundial, sempre proliferando a produção de fatais estrelinhas de metal, de justinhas vestimentas de nylon preto, e de mesmerizantes livrinhos de colorir, com que enganam os tempos mortos. Afinal, são eles quem ainda mantém abertas as inúmeras fábricas de têxteis a norte do rio Ave, empregando assim milhares de crianças, que de outra forma seriam entregues a um árduo labor em frente a um Magalhães.
Como tinha sido bem forte o abraço que Baco lhe dera, decidi perdoar-lhe tal blasfémia, escusando-me assim a agredi-lo violentamente. Paguei, no entanto, a dois paquistaneses para que o fizessem por mim (ah, bom velho humor racista).
De volta a Portugal, decidi revisitar a história dos ninjas neste pais à beira-mar plantado. Desde a idade média até aos dias que correm, os ninjas sempre estiveram presentes nos grandes momentos da história de Portugal. Foram eles quem nos garantiu a vitória em Aljubarrota, e não a Graça Divina do Santo Condestável, e foi também um membro desta organização quase-secreta quem serrou uma das pernas da cadeira que vitimou Salazar. Veio a público nos últimos dias, que o plantel boavisteiro que venceu o Campeonato Nacional na época 2000/2001 era em grande parte constituído por velhos anciões da arte ninjitsu, e que Martelinho era inclusivamente o secretário-geral desta organização em Portugal. Por fim, o desaparecimento de António Sala dos ecrãs nacionais, é lembrado nos dias que correm como o maior feito dos ninjas em toda a Europa Ocidental.
Em êxtase com tão grandiosa história de façanhas e aventuras, enviei o meu curriculum para a sede dos ninjas na Europa, em Massamá, crente que um dia poderia vir a ser membro desta organização. Infelizmente, foi-me negada a candidatura por ter mais que 1,60mts, e não possuir licença de condução tipo D e D1.
A vida é tramada; terei de me contentar com o PCP. Não é tão agradável, mas ao menos poderei comer criancinhas ao pequeno-almoço (ah, bom velho preconceito politico).

quinta-feira, 30 de outubro de 2008

Intermission

É de manhã e o Sol raia ainda tímido.
Pouco depois de ler no Sol as nove horas (sim, porque como sabem fui criado por uma loba na Serra do Montezinho, e sou mais ou menos um erudito nas coisas da Terra) ouço alguém martelar em minha casa.
A minha mãe finalmente contratou alguém para esculpir um busto meu. Vai ficar lindamente no hall de entrada.”, julguei. Levantei-me de rompante, e após sacudir a farta cabeleira para trás da orelha mais próxima, saio do quarto e dirijo-me para o frenesim. “Uma contemplação ao vivo desta figura de Adónis facilitará tão árdua tarefa.” pensava agora.
Avanço e deparo-me com uma espessa nuvem de pó com a qual não estava à espera. “Algo porosa a fina mármore por que optou o requintado artesão.” concluí.
Com sabeis, caro leitor, a minha vida foi já cenário de árduos labores, ruins vicissitudes, e alvo das mais vis pantominices, mas nunca como desta vez me senti tão insultado no âmago do meu burguês coração. Qual não é meu espanto quando me deparo com um cenário digno do mais dantesco inferno, ali, ali no meu quarto de banho.
A sanita deitada a um canto, os meus patinhos de borracha amarrotados entre uma mala de ferramentas e a parede, e um homem suado e de farto bigode cantarolando o que julgo ser Tony Carreira, ou talvez Génesis, na sua fase após a saída de Peter Gabriel.
Agora também com suores frios, fraquejei e esforcei-me por imaginar borboletas e lindos unicórnios que me trouxessem de novo as forças que necessitava.
Vamos lá Manel, tu consegues superar isto. Afinal já passaste por pior: já viste as costas peludas da prima Cláudia…”, meditava agora.
Após breves segundos estava já restabelecido e deparava-me agora com os pequenos olhos castanhos deste homem dos duros labores mirando os meus, profundos e azuis.
Bom dia. O paizinho não tem aí uma cervejola que o menino me possa dar? Tanta poeira está a deixar-me com a esgana.”, perguntou-me.
O que te vou dar é uma valente bastonada no meio da face, vil criatura!”, pensei eu.
Sim senhor, caro senhor. É para já meu amo.”, disse eu.

sexta-feira, 15 de agosto de 2008

Le Coq Sportif

Fazer desporto é bom.
É saudável, divertido por regra, e apenas raras vezes acaba em noites de febre e vómito ensanguentado (é normal não é, ou serei eu que estou cronicamente doente?).
Nascido e criado em Aldoar, desde menino que pratico desporto, por lazer ou necessidade. Nesta terra de gente rude e avessa à lei, cedo às crianças são inculcados os princípios básicos do atletismo, desta feita dissimulados em regras de sobrevivência. “Que deves fazer se vires um cigano na rua?”, perguntam-nos pouco após abandonarmos o berço. “Deves correr desalmadamente e trepar a árvore mais próxima.”, exemplificam-nos prontamente.
Continuam: “Se vires um preto deves largar a carteira, correr, saltar muros, e assim que longe deves rezar aquela oração que te ensinaram na catequese.”, diz-nos o padre, enquanto nos coloca a mão dentro das calças (é normal não é, ou fui eu que fui continuamente molestado pelo meu pároco?).
Os anos voam, passamos a puberdade, atingimos a maturidade, e descobrimos que o nosso tio e padre além de pedófilos eram racistas. Então abandonamos as nossas mais profundas crenças, esquecemos as lições de atletismo, e não tarda engordamos. Quando em festa ou descontraída reunião culpamos a cerveja pelos sete novos quilos, enquanto risonhamente pedimos ao empregado mais doze finos.
Face tão funesta realidade o Estado não teve mãos a medir: desceu o IVA sobre o consumo relacionado com a prática desportiva, fomenta a mesma através de campanhas publicitárias mal conseguidas, e faz-nos correr pondo-nos o fisco à perna.
Num gesto de solidariedade social e de forma a saldar a minha divida para com a sociedade, decidi fazer o mesmo e pôr todos a correr. Agora sou testemunha de Jeová, e cigano nos tempos livres.

quarta-feira, 30 de julho de 2008

Mythbuster

Neste curto ensaio pretendo desmascarar uns tantos mitos, urbanos e rurais, que assolam e assombram a enfraquecida sociedade dos nossos dias. Um ano e meio de árdua e morosa pesquisa antecedem esta exposição, ano e meio esse em que o autor, fruto da má sorte e pouca fortuna, perdeu um dedo e viajou inúmeras vezes no autocarro rodeado de idosos tossiquentos.

1- Disparar contra o depósito de combustível dum automóvel em movimento provoca a sua explosão – Falso. Há tempos fracassei quando desta forma tentei impedir a fuga de duas prostitutas búlgaras que me haviam burlado.
2- A visão dos dirigentes sindicais baseia-se no movimento – Verdadeiro. À semelhança dos dinossauros, os dirigentes sindicais apenas têm a percepção visual de um objecto quando este se move.
3- O Benfica é uma Nação – Falso/ (Verdadeiro quando sob o efeito de poderosos psicotrópicos). Apesar do Benfica realmente ter sido membro da Sociedade das Nações aquando da fundação desta, isto não mais se tratou do que uma brilhante tirada de humor negro por parte dos membros britânicos da Sociedade. Na década de 60, este mito renasceu durante uma noitada de sueca entre velhos senis numa tasca em Alfama.
4- Guilherme Silva é infértil – Falso. Apesar de assim parecer, Guilherme Silva não tem filhos não por “disparar pólvora seca”, mas sim por não conseguir fazer duas coisas ao mesmo tempo. Assim, da mesma maneira que este não consegue ler enquanto ouve musica, também não consegue procriar enquanto pratica o amor.
5- Cortes de papel doem que se farta – Falso. Ser baleado numa rótula dói que se farta. Cortes de papel são apenas os “primos pobres” das dores a sério.
6- Fornos de Algodres é “a Paris ibérica” – Falso. Esta ideia, não só falsa como estúpida, surgiu pela primeira vez num livro de Margarida Rebelo Pinto, e não tardou a proliferar pela literatura light portuguesa.
7- Vestir a roupa do avesso protege-nos da má sorte – Verdadeiro. Confesso que julgo este mito verdadeiro, pois desde menino que me visto de tal forma e apenas por uma vez vi um rim meu ser roubado por um cigano.
8- Algures na fronteira entre o Parque da Cidade e a avenida da Boavista existe um parque naturista – Falso. São apenas prostitutas a laborar.
(…)

quarta-feira, 21 de maio de 2008

Um dia na vida do neotérico cidadão Guilherme Silva

Acordo de manhã, e em busca de um pouco de informação e lazer sento-me ao computador enquanto me preparo para mais um árdua jornada de labor. Visito o meu mail na esperança que Jesus me tenha respondido à prece da noite volvida, e tenha finalmente arranjado maneira de me explicar como sintonizar os canais nas televisões cá de casa. De seguida visito o site da BBC em busca da excelência dos seus conteúdos. Minutos depois, mais satisfeito e em harmonia com o meu ser, desligo o computador e parto. Obrigado Big Breasted Chicks.
No autocarro, na tentativa de me abstrair de conversas enfadonhas e descoordenadas sento-me a ler “Eurico o presbítero” de Alexandre Herculano. Vinte minutos volvidos ainda miro a capa, sem conseguir pronunciar “presbítero”, tão pouco saber o seu significado. Chego à faculdade pouco mais tarde, mais esclarecido e realizado. “Deve ser um fruto.”, concluí.
Durante as aulas dou asas à minha essência, e divago sobre paixões e sonhos. Adoro cinema, salto em altura, música…Gosto especialmente das baladas do George Michael, e num exercício de auto-conservação vejo-me obrigado a gostar de papas de sarrabulho, de modo a garantir uma réstia que seja de virilidade no meu ser.
Adoraria também viajar, mas infelizmente não posso. Temo que em plena capital europeia, buscando um pouco de relax numa casa de má fama, dê de caras com a minha prima Cláudia, meia despida e enroscada a uma colher-de-pau. A crise toca a todos, e eu bem o sei.
Ao final da tarde, já em casa e de novo em frente ao computador, encomendo um toque real para o telemóvel num qualquer site manhoso publicitado na televisão em horários esquisitos. Duas horas mais tarde tocam-me à campainha e é-me apresentado o Borges, encarregue de me fazer um toque rectal. Publicidade enganosa ou simples falha de comunicação? Sinceramente não sei, mas não apreciei.
Já de madrugada e ainda no computador (“ahh, daí aquela barriga!”), entro no messenger para ter conversas que normalmente não me levam a lado algum. Muitas vezes, ao fim de escassos minutos, acabo reanimado pela minha mãe, depois de mais um ataque epiléptico provocado pelos berrantes emoticons. Pouco depois e agora a soro, volto a adormecer, ansiando pelo despertar de um novo dia.
Ain’t life a bitch?

quinta-feira, 24 de abril de 2008

Shakin' All Over

Ainda ofegante, reconduziu os revoltos cabelos de volta para trás da rubra orelha. Toda ela era fogo: o sangue corria-lhe mais quente que nunca, e a timidez dava-lhe um ar angelicamente indefeso.
Ela sempre adivinhara que este dia chegaria, que o momento aconteceria, e no âmago da sua insegurança só desejava não acabar enxovalhada.
Após ajustar a desgovernada blusa, de novo voltou a mira-lo. Ele sorria fraternamente, banhando-a de compaixão. Ela, enquanto apertava uma argola que se soltara, não deixava de pensar: “Como pude cair a seus pés?!?”.
Tenta erguer-se, mas os cansados joelhos aterram-na de novo. De novo o fita, e ele ainda a envolve em ternos olhares. Apesar de fugaz, para ele, todo o momento parecia prolongar-se eternamente.
Por fim, ela encontra hercúleas forças que batem a constrangedora gravidade, levanta-se, olha em volta, e agarra o salto-alto que se quebrara, precipitando a sua queda em plena via pública.
“- Tas a olhar? Nunca bistes? Uma pessoa já não pode cair que há logo festival…”