domingo, 9 de setembro de 2007

Psicologia

Desde cedo comecei a interessar-me pela psicologia. Desejava conhecer as entranhas à mente humana, saber o que vai na cabeça dos outros, principalmente daqueles que usam o colete retro-reflector no assento do automóvel.
Ao ver aproximarem-se os derradeiros dias da minha turbulenta passagem pelo ensino secundário, decidi experimentar um pouco de todas as muitas profissões por onde ainda considerava ingressar. Experimentei ser pianista, mas disseram-me ter os dedos muito gordos. Experimentei ser taxidermista, mas todos aqueles coelhinhos mortos faziam-me lembrar coelhinhos mortos, e só Deus sabe quão triste fico na presença de tal cenário. Experimentei ser chef de cozinha, mas tudo que saía do meu forno ia muito em contra com as leis da Natureza e de Deus…
Depois de dezoito profissões tentadas, depois de dezoito calamitosos falhanços, depois de inúmeros pratos/mutantes encarcerados no meu armário, cheguei finalmente à vez da psicologia. Através de um simples inquérito que idealizara, parti numa alucinante demanda pelo conhecimento da mente humana.
A capacidade de voar, ou o poder de ler a mente humana. Se pudesses ter um destes dois super-poderes, qual escolherias?”, foi a questão que apresentei ás quarenta voluntárias “cobaias” que à pressa reuni. Com tal projecto pretendia ficar a conhecer melhor o Homem, seus sonhos e ambições.
Os resultados foram surpreendentes e arrasadores: um dos inquiridos respondeu “O que é voar?”, outro “A sério Guilherme, nunca mais me convides para “almoçar” contigo!”, outro questionou preocupadamente “É normal eu ficar com uma dor de cabeça depois de ler a pergunta?”, e os restantes 37 escreveram “Vai pó …!
Apesar de a amar, parece que o meu futuro também não vai passar pela psicologia...

2 comentários:

Diogo Silva disse...

a psicologia é uma coisa qe por vezes complica.

Anónimo disse...

es tao nojento xD